Entrevista à Diretora e TPD Sara Ferreira, em “O JornalDentistry”.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma evolução tecnológica e a prótese dentária tinha de acompanhar essa evolução. Apesar dos princípios básicos se manterem, toda a conceção e fabricação mudou por completo. Esta evolução tem sido notória tanto na confeção dos dispositivos médicos feitos por medida como nos materiais utlizados para os mesmos.
Na CLÍNICA DELILLE e no nosso laboratório ZIRKON ATELIER adaptamo-nos assim a um método de trabalho digital – workflow digital. Este workflow permitiu agilizar a comunicação entre o médico dentista e o técnico de prótese dentária. Permitiu também encurtar o tempo entre a preparação e a colocação das reabilitações orais, o que acaba por beneficiar os nossos médicos dentistas e principalmente os nossos pacientes.
Quando e porquê decidiu fazer o curso de Prótese Dentária? O que mais a atrai nesta profissão?
Confesso que apenas decidi fazer o curso de PD no decorrer do meu 12º ano. Sabia que queria ir para a área da saúde, mas foi o gosto por ir ao dentista que despertou a minha curiosidade pela transformação do sorriso das pessoas. Percebi, então, que a PD tinha um papel fundamental.
Quais os principais desafios da prótese dentária no dia-a-dia?
Penso que os principais desafios passam por conseguir aliar todas as nossas capacidades/aptidões manuais com a evolução que a tecnologia e o digital nos fornece. Conseguindo com tudo isto, apresentar o melhor trabalho possível.
Fazendo uma retrospetiva sobre os anos de experiência, o que sabe hoje e que não sabia quando começou?
Assumindo o meu ainda jovem percurso, nestes dez anos, sei hoje que a PD é hoje uma área que envolve muita dedicação, esforço, muitas horas de trabalho e uma aprendizagem constante. Ficar na nossa área de conforto não é opção.
Qual tem sido a evolução nesta área e como continuará a evoluir nos próximos 5 anos?
A evolução tem sido enorme e julgo que a tendência será continuar. Na minha perspetiva será para a cada vez maior ‘enraização’ do digital e da tecnologia em todas as vertentes da área . Não fugindo de todo à capacidade manual, sendo essa a parte diferenciadora, o pormenor.
Que biomateriais e desenvolvimentos tecnológicos destaca?
Destaco no geral, todo o fluxo digital (sistemas CAD-CAD, as impressoras 3D, scanner intra-orais) porque sem dúvida que com estas tecnologias o laboratório aumentou a sua capacidade para maior volume e maior qualidade do trabalho , assim como uma maior rapidez no tempo de resposta.
Quais as vantagens e os limites do workflow digital?
Relativamente às vantagens, acho que com tudo o que dispomos, conseguimos padronizar processos fazendo com que haja a eliminação de alguns fatores de erro, a prototipagem de forma mais instantânea é um dos exemplos. Quanto aos limites, destaco a dificuldade que temos numa leitura infra-gengival.
Acredita que as novas tecnologias irão apenas modificar ou irão também reduzir os postos de trabalho em prótese dentária? Como é que o ensino de Prótese Dentária está afetado pela pandemia atual?
Acho que apenas irão modificar, uma vez que as tecnologias não vieram reduzir trabalho, apensas trouxeram ferramentas para que possamos aplicar o nosso conhecimento de uma outra forma. Quanto ao ensino, penso que é em grande parte afetado pela pandemia, uma vez que a privação do contacto humano faz com que percamos uma parte fundamental da nossa área, que é a parte prática.
Quais os fatores chave para se ter sucesso como profissional nesta área?
Como em todas as áreas, para ter sucesso profissional precisamos de uma enorme dedicação, empenho, uma aprendizagem constante, abertura à mudança, humildade e acima de tudo, gostar do que se faz.
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Sara Ferreira, Diretora e TPD do Laboratório de Prótese Dentária ZIRKON ATELIER